Máscaras e moda!
Uma nova peça aparece no adereço-símbolo da pandemia; quando retirados, os suportes evitam o contato da proteção com as superfícies.
Por Giulia Vidale Atualizado em 29 janeiro 2021, 09h03 – Publicado em 29 janeiro 2021, 06h00. MODA OU SAÚDE? - Jennifer Lopez: a cantora divulgou a tendência nas ruas – APEX/MEGA/GC Images/Getty Images.
Um fato é inescapável: as máscaras de proteção contra o novo corona vírus permanecerão indispensáveis ainda por bom tempo, mesmo com a chegada das vacinas. Como a invenção é mãe da necessidade, o mercado soube se adaptar à realidade, com lançamentos de modelos cada vez mais funcionais. As mais recentes gerações são anatômicas, com tecido antiviral. E por que não poderiam ser também bonitas? Podem — várias, aliás, possuem um design elegante. Agora começa a ganhar espaço uma nova tendência: as máscaras acopladas a correntes ou cordinhas que ficam presas ao elástico, atrás das orelhas. Pode parecer fútil (e alguns modelos são mesmo), mas o item em si tem um papel essencial: evitar a perda e o contato com superfícies, ao permitir que a máscara se mantenha presa ao corpo.
MODELOS VARIADOS – Profusão de materiais: versões mais leves feitas de metal, miçanga, pérola, bronze e ouro.
Não pelas questões sanitárias, claro, as grifes de luxo se movimentaram e criaram versões com materiais diversos. Há correntes de metal, tecido, acrílico, plástico, miçanga, prata, ouro e pérolas. Algumas chegam a custar o equivalente a exagerados 960 reais. São mais leves que os colares convencionais e têm ganchinhos nas pontas, semelhantes aos adereços usados em óculos. Celebridades como a cantora Jennifer Lopez e as atrizes Elle Fanning e Sarah Jessica Parker já aparecem em público com elas. Diz a consultora de design estratégico Valeska Nakad, coordenadora do curso de design de moda do Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo: “É uma forma prática de se adornar, pois une a estética ao funcional”. Os médicos, porém, alertam que é preciso estar sempre atento à higiene. “Para não ser um veículo de transmissão do vírus, o penduricalho tem de ser higienizado com álcool em gel constantemente”, diz o epidemiologista Bruno Scarpellini, da PUC Rio.
Afinal de contas, a beleza é louvável, mas a saúde vem em primeiro lugar.
Publicado em VEJA de 3 de fevereiro de 2021, edição nº 2723
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