Ética, Caráter e Etiqueta.

O que é Ética Profissional: Ética profissional é o conjunto de normas que formam a consciência do profissional e representam imperativos de sua conduta.

Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa “propriedade do caráter”. Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.

O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.

Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes áreas de atuação.

No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e etc.

O QUE É CARÁTER?

CARÁTER É O QUE SOMOS QUANDO ESTAMOS SOZINHOS!

Alguém afirmou: “Reputação é o que dirão de nós um dia em nosso enterro. Caráter é o que os anjos falam a nosso respeito diante de Deus”. Devemos fazer esta distinção importante entre reputação e caráter. Todos nós temos um “eu social”, algo que expressamos para os outros, mas que por vezes não corresponde ao que somos por dentro. Isto pode ter a ver com nossa reputação. Brennan Manning escreveu um livro intitulado, “O impostor que vive em mim”, onde fala deste falso “eu” que muitas vezes tem ocupado o trono de nossas vidas, não nos permitindo expressar quem de fato somos em essência. Este impostor pode ter entrado em nós após algum trauma passado, como uma rejeição, por exemplo. Acabamos por viver um personagem, uma peça de teatro, mas não o que somos por dentro. Esforçamo-nos para agradar aos outros, quem sabe para compensar um vazio afetivo dentro de nós. Assim, podemos dizer que reputação é o que os outros pensam de nós, já o caráter é o que somos de fato. A reputação remete ao conceito de aparência, já o caráter fala da nossa essência. Reputação é o que somos por fora, caráter é o que somos por dentro. Já dizia o ditado: “Quem vê cara, não vê coração”. Mais importante do que termos uma boa reputação, é possuirmos um caráter saudável. Quando optamos em mascarar nossos problemas, crises ou erros colocando um verniz espiritual, ou citando versículos bíblicos ou uma série de clichês gospels, podemos trilhar o caminho perigoso da hipocrisia, o que nos distanciará mais e mais de Deus e das amizades mais profundas. Lembre-se: Caráter é o que você é quando está sozinho …. … sozinho?

Alcione Emerich

O QUE É ETIQUETA?

A etiqueta é um conjunto de importantes regras comportamentais dentro da sociedade. Estas regras devem ser praticadas por todas as pessoas, em todos os momentos e lugares. Etiqueta não é futilidade, mas sim bons costumes e boas maneiras, essenciais para a boa convivência no dia-a-dia.

Podemos considerar a etiqueta social como sinônimo de educação, elegância e respeito. Ela está associada a diferentes aspectos, como linguagem verbal, linguagem corporal, vestimentas, saudações, etc.

É possível observar que cada época, cada povo e cada cultura têm suas próprias regras comportamentais. Atitudes adequadas e comportamentos éticos aumentam os níveis de credibilidade em nossa atuação, como ser social profissional.

HISTÓRIA

A origem da palavra “etiqueta” origina-se de dois vocabulários: “ETI” que quer dizer “dentro” e “IQUETA” que significa “norma”. Ou seja, etiqueta são normas que vêm de dentro, portanto, comportamentais.

Com o passar dos anos, a civilização e a cultura foram impondo determinados padrões de comportamento para a sociedade, que são considerados adequados.

É essencial saber se portar educadamente com as pessoas e em todos os lugares. Diferente do que muitos pensam, a etiqueta não é apenas uma futilidade ou apenas “saber usar talheres”. A etiqueta é a combinação de boas maneiras, costumes, atitudes, modo de falar, andar, se vestir, etc.

Na Europa, a partir do século XVI, as regras de etiqueta passaram a ser escritas em manuais, que apresentavam formas de “polidez” ou “bom-tom”. Estes manuais eram destinados apenas às classes mais nobres, porém com o surgimento das mídias de comunicação em massa, no século XX e o aumento da sociedade de consumo, começaram a se dirigir também às classes inferiores da sociedade.

O primeiro filósofo a pensar sobre etiqueta foi Erasmo de Roterdão. Em 1530, ele publicou De Civilitate Morum Puerilium (Da civilidade dos costumes das crianças). Erasmo busca orientar a formação infantil, em relação às vestimentas, gestos, expressões faciais, dentre outras, demonstrando as boas e más maneiras. Também dá bastante importância para a etiqueta à mesa, onde se reconhece verdadeiramente quem é e quem não é nobre. Esta é a primeira obra que se tem conhecimento sobre este assunto.

Surgiu em 1558, na Itália, um segundo manual, de autoria de Giovanni della Casa, intitulado Galateo. O autor descreve, em narrativa, um senhor ensinando boas maneiras a um jovem.

No reinado de Luís XIV de França, que foram geradas as “sociedades da corte”, as regras de etiqueta ganharam grande importância e divulgação.

Já no Brasil, o aprendizado e uso da etiqueta parece ter ganhado impulso em 1808, com a vinda da Família Real.

No fim do século XIX e no começo do século seguinte, as obras foram finalmente publicadas, e adotadas no ensino público.